sábado, 7 de maio de 2016

Cafézinho

Tributo a mãe ausente ( fisicamente)

Quem tem mãe no segundo andar vai me compreender. Difícil passar pela data do dia das mães sem escorrer nenhuma lágrima pelo rosto. Além da saudade, a mídia é pesada e nos envolvemos com os comerciais de mães, as reportagens e mesmo as músicas são as escolhidas a dedo para nos emocionar.
Mas, é  movimento da vida que os mais velhos partem primeiro. Assim a gente espera. Mas nunca achamos que esse dia vai chegar. E quando nos vemos sem mãe, fisicamente falando, as coisas mudam de figura.
Falo do fisicamente apenas pois depois de minha mãe ter falecido, sempre me referia : hoje não tenho mais mãe.
E ai sonhei com ela. Sempre sonho. Sonhos tristes, sonhos saudosos, sonhos pesados. Mas neste sonho em específico ela me deu um recado:
- Não fale que você não tem mais mãe. Eu apenas não estou aqui fisicamente.
Acordei num sobressalto e com a orelha   quente...
Então  mudei meu discurso. Hoje não uso mais essa frase. E no coração , reaquecido, muitas vezes ou quase o tempo todo sua voz é viva, seus melhores e maiores ensinamentos ainda estão guardados no coração e sempre me salvam, me acalentam e me alertam dos perigos da vida.
A vida segue. Hoje sou mãe, e quando faltar, que sei que um dia irei, quero que meu filho assim também se porte.
Porque temos mãe, apenas não estão conosco fisicamente!!!