Uma coisa que gosto de observar e o movimento da vida das pessoas. Algo como a modificação que o tempo causa , a maturidade chegando, as experiências como divisores de águas e porque não as dores como alavanca para uma significaçào melhor de vida.
Ele era repórter e hoje é político. Ela era farmacêutica e hoje psicóloga. Também tem o motorista de ônibus estudantil que se tornou sociólogo. São tantos casos. Tenho certeza que você deve estar elencando seus exemplos também.
Quando eu era criança, quase adolescente achava erroneamente que isso era sinônimo de indecisão ou mesmo fraqueza.
Mesmo na época da faculdade quando uma colega desistia do curso para tentar outra carreira, eu equivocadamente julgava que não tinha sido perseverante ou mesmo nao sabia certamente do que gostava.
Hoje, balzaquiana, mãe e observadora da vida, me pergunto se demora tanto para a gente mudar de opnião assim como mudar de profissão.
A vida não é estática. Hoje temos uma visão da vida que ontem não tinhamos. Penso muito por minhas experiências. Antes de ter um filho eu adorava trabalhar muito. Sempre quis ter meu consultório cheio e se tinha tempo ja preenchia com alguma atividade para não ficar parada. Até aos sábados eu tinha muitas atividades profissionais.
Hoje minhas prioridades mudaram. Trabalho sim, gosto, amo o que faço mas não penso tanto na quantidade, nem nas minhas superações numéricas. Penso em exercer bem a minha profissão mas doso meu tempo com a função da maternidade.
A maternidade é divisor de águas na vida de qualquer mulher. Sim, afirmo categoricamente porque desconheço qualquer mulher cuja vida não mudou em todos os sentidos de sua vida.
Morava em apartamento e sonha em viver a velhice em uma casa. Ou passou a vida inteira numa casa grande e hoje quer a segurança de um apartamento.
E assim a dança da vida, valsa para alguns, samba para outros ou rock para quem se identifica vai convidando a todos indistintamente a dançar pelo seu movimento.
Feliz de quem percebe isso uma dança, e move o corpo no ritmo musical e nào se estagna, como se tivesse um cabo de guarda chuva nas costas teimando em se curvar.