sexta-feira, 4 de maio de 2012

MATRIOSKA









É aquela bonequinha  rechonchuda, bem típica do folclore da Rússia,  que vai abrindo e sai de dentro outra exatamente igual porém menor e assim vai ate sair a menorzinha onde não cabe mais nenhuma.

Um mimo que chama a atenção pela tamanha perfeição de quem elaborou, já que é toda  artesanal e pintada a mão. Fazendo uma analogia ela  merece reflexão na nossa condição de sermos seres que cabemos , que acolhemos o " nós" mesmos da fase anterior.

A adulta acolhe a jovem que acolhe a criança que acolhe o bebezinho que fomos. Isso é tão verdade que as fases vão passando e aquela que não faz mais sentido fica ali dentro guardada. Porque é ali que ela mora, dentro, nas memórias.

Mas quando a fase não foi passada direito, pulou se a fase, ela vive fora da matrioska. Então tem-se a  sensação que :" ela se veste como uma menininha e já é mulher"... Ou quando o contrário ocorre: " tão novo com responsabilidades de um  adulto.".

A matrioska que somos, embora seja uma boneca, serve igualmente para mulheres e homens e  é algo muito importante de ser considerado visto que um deve encaixar perfeitamente dentro do outro afinal essa é nossa essência. Somos o que fomos no passado desde a infância. 

Somos a somótoria de todas as fases e é isso que nos deixa com a fortaleza para enfrentarmos os golpes da vida e não esmorecermos, não nos esfacelarmos, sair as capas e desnudar nossa essência.

Gosto desta analogia. Acho perfeita se entendermos que temos em nosso cerne todas as fases vividas , ora elas se afloram, ora elas ficam bem escondidinhas...Mas elas estão ali, latentes , firme e nos dando a certeza que somos tudo isso e um pouco mais.

É ou não é????

Um comentário:

  1. vix... e como é!
    pular fase ou mesmo não vivê-la em sua complexidade faz c q a pessoa se perca...
    perfeita a comparação c a matrioska.
    amei!

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