quinta-feira, 2 de junho de 2011
O pano verde da Nossa Senhora
Minha mãe contava que quando ela era moçinha e conversava com suas irmãs sobre parto, sempre rolava um medinho sobre esta hora. Medinho vírgula, medão.
E que tinha uma irmã dela, que falava para todas: nada menina, na hora do parto nossa Senhora põe um pano verde que tampa tudo.
E minha mãe ficava a pensar como era mesmo essa coisa de pano verde da Nossa Senhora.
Bom, nem preciso falar que depois de madura, ela entendeu que o pano verde era os médicos que colocavam para separar a parturiente do campo cirúrgico. Porque salvo raras excessões ninguem ogsta de ver bisturi elétrico, sangue, incisão , água do parto e sim só ver o nenê se possivel bem limpinho já com a touca do hospital!!!
Santo, no caso do parto, são os médicos que delicadamente isolam o hemicorpo da paciente para conseguirem realizar seu trabalho e deixar a mamãe mais tranquila sem ver o que tem por dentro, o que não é necessário.
E assim é o imaginário popular. Atribiuir ao sobrenatural , ao fantástico , ao santo, ao guia espirtual. Na verdade é uma alusão a fé, mas na verdade cada situação precisa realmente ser analisada para entendermos o porque daquilo acontecer.
E assim também podemos elencar: o homem do saco ( alusão aos mendigos que carregam seus poucos pertences em um saco de estopa) para assustar crianças fogueteiras; a loira do banheiro ( figura imaginária e lendária ) para que as meninas não mais ficassem passeando pelos banheiros escolares em horário de aula, e outros tantos que vem na nossa lembrança.
Se antigamente precisávamos utilizar destes meios para diminuir nossos medos, ou incitar medos nas crianças hoje a coisa está bem diferente.
Hoje tanto nós adultos quanto as crianças somos questionadores e queremos saber a origem de toda a história que nos é contada.
Penso que seja ótimo sermos assim, afinal tirando os dogmas e crenças religiosas que respeito muito, tem coisa que deve se manter apenas nos templos e como lenda mesmo. O melhor é sabermos a verdade e assim sermos livres e não passarmos por ridículo acreditando em crendices e no sobrenatural.
Samy Braga
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário