quinta-feira, 26 de maio de 2011

Trenzinho da alegria


Quando um trenzinho infantil passa tocando músicas com aqueles personagens correndo atrás faz qualquer criança ficar encantada. Quem tem criança sabe o que estou falando.

Enquanto o trenzinho vai passando a calçada vira palco para o Palhaço, o Piu piu e o Batman ou qualquer outro personagem do dia. Os personagens já tem uma coreografia para cada música e até fazem piruetas no ar, dependendo da altura do muro que escolhem, até saltos mortais.

A locomotiva de pneus seduz primeiro as crianças com o apelo visual e auditivo e muitas vezes somos coagidos a comprar o ingresso e fazer o passeio com os filhos. Como pais, sentimos um misto de vergonha e medo.

Porque na verdade estes trenzinhos não tem a mínima segurança, nem nas laterais quase sempre abertas ou presas por uma corrente num ganchinho, nem nos assentos que não apresentam sequer conforto nem como colocar um cinto de segurança.

Então melhor que papai e mamãe mesmo pagando o mico de passear de sábado a noite ou de domingo de manhã pelas avenidas principais da cidade ao som de Balão Magico, Xuxa e pasmem, Mc alguma coisa, ou seja, o funk cheio de letras nem um pouco lúdicas ou infantis.

Outro detalhe bem delicado é a altura do som que o trenzinho coloca, as crianças que sentam na primeira fila ficam com surdez temporária e zumbido ja que os decibéis confortáveis não são respeitados.


Como zelosa mãe preocupada com a saúde física e, particularmente, pela saúde auditiva de meu filho, fico a me questionar:
Existe algum órgão que fiscaliza tal divertimento? Tanto na segurança quanto na altura do som que muitas vezes passa dos Decibéis permitidos para o horário e o público?

Sei que algumas escolas fretam o tal trem para passeios escolares. Será que os pais sabem o risco que seus filhos correm com tamanho perigo ambulante?
E os personagens que, na maioria das vezes, correm o tempo todo atrás do trem são ciranças de que idade? Trabalham de forma legalizada? Sera que é permitido estarem na rua até altas horas?

Muito se fala sobre o Código de Trânsito, mas não dá para entender uma legislação parcial: afinal este caso do Trenzinho bem mostra que não só os pais conduzem as crianças.

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